POEMINHA DO CONTRA
Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles arão…
Eu arinho!
No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos
saem todos a ear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.
Veja a relação de episódios que demonstram o golpismo, as conspirações e os privilégios da maior rede de comunicação do Brasil
1960-1970 (Gênese da Globo e apoio ao regime militar)
1. Firmou um acordo ilegal com o grupo Time-Life (1962–67)
2. Apoiou o golpe militar de 1964
3. Silenciou sobre a repressão no regime militar
4. Divulgou propaganda favorável ao AI-5 em 1968
5. Censurou jornalistas e políticos críticos à ditadura
6. Minimizou a importância da eata dos Cem Mil (1968)
7. Endossou o slogan “Brasil: Ame-o ou Deixe-o” (1970)
8. Promoveu o Milagre Econômico, ignorando a desigualdade
9. Ocultou mortes causadas por tortura nos anos de chumbo
10. Excluiu opositores da cobertura política durante a ditadura
11. Omitiu informações sobre corrupção nas grandes obras da ditadura
12. Consolidou um controle monopolista sobre o mercado de TV
1980-1990 (Ditadura e transição para a democracia)
13. Desconsiderou os primeiros comícios das Diretas Já (1984)
14. Blindou a eleição indireta de Tancredo Neves
15. Manipulou pesquisas Proconsult para prejudicar Brizola
16. Boicotou o governo Leonel Brizola e suas obras sociais
17. Endossou os primeiros planos econômicos do governo José Sarney contra a hiperinflação
18. Apoiou maciçamente a candidatura de Fernando Collor e criminalizou os líderes populares como Brizola e Lula
19. Manipulou a cobertura do debate eleitoral Lula x Collor (1989) no Jornal Nacional
1990-2000 (Redemocratização e ascensão neoliberal)
20. Defendeu o confisco da poupança no Plano Collor
21. Promoveu a abertura indiscriminada da economia brasileira
22. Escondeu escândalos durante o governo Collor até o impeachment
23. Veiculou o caso Escola Base (1994) sem verificar informações
24. Exaltou o Plano Real sem questioná-lo (1994)
25. Blindou as privatizações de FHC
26. Defendeu os bancos e o Proer durante a crise financeira
27. Apresentou apoio velado à Reforma da Previdência neoliberal de FHC
28. Ignorou o movimento “Fora FHC” no final dos anos 1990
29. Aceitou a emenda da reeleição de FHC e omitiu críticas ao câmbio artificial
30. Escondeu greves e protestos sociais durante os anos 90
31. Ignorou denúncias sobre trabalho escravo no campo
32. Criminalizou sistematicamente movimentos sociais
2000-2010 (Oposição ao governo Lula)
33. Liderou uma campanha contra Lula nas eleições de 2002
34. Estigmatizou o MST e outros movimentos sociais
35. Distorceu a cobertura do “mensalão” (2005)
36. Perseguiu figuras históricas do PT, como José Dirceu, José Genoíno, entre outros
37. Favoreceu candidatos tucanos nas campanhas de 2006 e 2010
2010-2025 (Impeachment da Dilma e ascensão da extrema direita)
38. Rotulou manifestantes de 2013 como “vândalos”
39. Apoiou Aécio Neves à candidatura presidencial
40. Exaltou misoginia contra Dilma Rousseff durante a posse presidencial
41. Reforçou a narrativa favorável ao impeachment de Dilma Rousseff
42. Deu apoio ir à operação Lava Jato
43. Divulgou os vazamentos seletivos da Lava Jato
44. Fortaleceu a narrativa anti-PT e criminalização do partido
45. Tratou o juiz Sergio Moro como um herói, ignorando sua parcialidade
46. Deu amplo espaço ao PowerPoint de Dallagnol
47. Chamou a tragédia de Brumadinho de “acidente”
48. Vazou conversa gravada ilegalmente entre Dilma Rousseff e Lula
49. Apoiou indiscriminadamente a prisão de Lula, que o excluiu da eleição de 2018
50. Ignorou o conluio entre Moro e Dallagnol e a Vaza Jato
51. Defendeu a Reforma Trabalhista e da Previdência de Temer
52. Endossou a entrega do pré-sal ao capital estrangeiro
53. Se aproximou oportunisticamente de Bolsonaro
54. Fez apologia ao agronegócio e ignorou sua destruição ambiental
55. Omitiu informações sobre as fake news nas eleições de 2018
56. Deu espaço a discursos antivacina e negacionistas
57. Continuou contratos publicitários com governos investigados
58. Apoiou a venda de estatais, como a Eletrobras, BR Distribuidora e refinarias
59. Fez campanha pelo Banco Central independente
60. Nunca fez uma autocrítica verdadeira sobre seu monopólio midiático
Crônica de Nélson Rodrigues após o jogo Botafogo 2 x 1 Fluminense, em 10 de julho de 1958, no Maracanã. O texto integra o livro “À sombra das chuteiras imortais”
Amigos, estou diante de um problema, que é o seguinte: —Garrincha foi, há pouco tempo, meu personagem da semana. Poderei repeti-lo sem irritar os leitores? Eis a verdade, porém: — não se trata de escolher, de optar.
Ontem, só houve em campo um nome, uma figura, um show: — Garrincha. Os outros três campeões do mundo estavam lá também. Mas Didi, Zagalo e Nílton Santos pertencem à miserável condição humana.
São mortais e suscetíveis de todas as contingências da carne e da alma. Jogaram por honra da firma e por um dever contratual. Estavam exaustos e no extremo limite de suas resistências emocionais e atléticas.
Garrincha, não. Garrincha está acima do bem e do mal. O problema de forma física e técnica não existe para ele, nunca existiu.
Como os três outros campeões mundiais do Botafogo, ele foi massacrado por apoteoses consecutivas. Desde Brasil x Suécia que o “seu” Mané está em vigília permanente. E, no entanto, vejam vocês:
— apareceu em campo com uma disposição vital esmagadora.
Ninguém mais ágil, mais plástico, mais alado. Em campo, desde o primeiro minuto, foi leve como uma sílfide. O futebol era, nesta terra, um esporte ional, sombrio, cruel. O torcedor já entrava em campo vociferando: — “Mata! Esfola!”.
Ontem, porém, no Botafogo x Fluminense*, sentiu-se uma curiosa reação: — Garrincha trazia para o futebol uma alegria inédita. Quando ele apanhava a bola e dava o seu baile, a multidão ria, simplesmente isto: — ria e com uma saúde, uma felicidade sem igual.
O jornalista Mário Filho observou, e com razão, que, diante de Garrincha, ninguém era mais torcedor de A ou de B. O público ava a ver e a sentir apenas a jogada mágica. Era, digamos assim, um deleite puramente estético da torcida.
Aconteceu, então, o seguinte: — foi-se assistir a um jogo e viu-se Garrincha. No fim, já as duas torcidas queriam apenas que Garrincha apanhasse a bola e começasse a fazer as suas delirantes fantasias.
Então, aplaudiam nas arquibancadas, cadeiras e gerais, com uma euforia de macacas-de-auditório.
Por exemplo: — o meu caso. Eu estava lá, como pó-de-arroz nato e hereditário, para torcer pela vitória do Fluminense e contra a vitória do Botafogo. Súbito começo a exultar também. Diante de cada jogada de Garrincha, eu experimentava a alegria que as obras-primas despertam.
E, no entanto, vejam vocês: — chamavam este homem de retardado! Só agora começamos a fazer-lhe justiça e a perceber a sua superioridade. Comparem o homem normal, tão lerdo, quase bovino nos seus reflexos, com a instantaneidade triunfal de Garrincha.
Todos nós dependemos do raciocínio. Não atravessamos a rua, ou chupamos um chica-bon, sem todo um lento e intrincado processo mental. Ao o que Garrincha nunca precisou pensar. Garrincha não pensa. Tudo nele se resolve pelo instinto, pelo jato puro e irresistível do instinto.
E, por isso mesmo, chega sempre antes, sempre na frente, porque jamais o raciocínio do adversário terá a velocidade genial do seu instinto.
No segundo tempo, quase não lhe deram bola. E aconteceu o inevitável: — o Botafogo caiu verticalmente. O Fluminense podia ter empatado, até. Mas ficamos num joguinho platônico, um futebol inofensivo, de es para os lados e para trás.
Resta saber: — de quem é a culpa? De uma indigência de recursos táticos?
Ou faltou-nos um Garrincha, com suas penetrações fulminantes, as suas geniais invenções?
No primeiro tempo, botafoguenses e tricolores punham as mãos na cabeça: — “Isso não existe!”. Eu falei, mais atrás, que ele foi, na sua agilidade, algo de muito leve, de muito etéreo. De fato, na etapa inicial, Garrincha deu uma bicicleta de sílfide.
Terminado o jogo, saímos do estádio com a ilusão de que tínhamos visto não um jogo, não dois times, mas uma figura única e fantástica: — Garrincha, o meu personagem da semana.
Pastorais sociais, centrais sindicais, movimentos populares, estudantis e organizações ambientais participam neste 1º de maio (quinta-feira) da 32ª Romaria do Trabalhador da área Itaqui-Bacanga.
Em 2025 o evento apresenta o tema “Cuidar da casa comum, esperançar com fé e ação” e o lema “Deus viu que tudo era bom”.
A organização da romaria foi precedida de palestras e atividades de formação sobre meio ambiente, educação, direito a creche e mobilidade urbana, com a participação de especialistas nessas temáticas e debate entre os participantes.
O fim da escala 6×1, redução da jornada de trabalho e a defesa dos recursos naturais estão na pauta de reivindicações da romaria.
Roteiro – A concentração para o início da caminhada acontece a partir das 15h30, próximo ao Cemitério do São Raimundo, na área Itaqui-Bacanga.
O percurso segue pelo trecho urbano da BR-135 (Avenida dos Portugueses) e finaliza na praça 1º de maio, na Vila Embratel.
Comunidades reivindicam decretação oficial da reserva e petição on line colhe s de apoio
Apruma Seção Sindical – Cerca de 2.200 famílias de 12 comunidades da zona rural de São Luís – que integra a Amazônia Legal e abriga uma rica biodiversidade, com florestas tropicais, rios extensos, manguezais e diversos ecossistemas – lutam pela decretação oficial da Resex Tauá-Mirim, o que garantiria o uso sustentável do território e melhores condições de vida. Essa luta bate de frente com grandes empreendimentos, como portos, rodovias, ferrovias e indústria de alumínio, tudo voltado para a exportação de commodities.
A mobilização pela reserva se arrasta desde 2003 e envolve as comunidades Taim, Rio dos Cachorros, Limoeiro, Porto Grande, Cajueiro, Vila Maranhão, Portinho, Jacamim, Amapá, Embaubal, Ilha Pequena e Tauá-Mirim. A morosidade do Estado em oficializar a reserva extrativista tem facilitado o avanço dos empreendimentos, que também provocam poluição, degradação ambiental e adoecimento, impactando a vida em toda a ilha de São Luís.
Para somar forças na sociedade civil e pressionar os governos, além das mobilizações presenciais, uma nova iniciativa foi tomada através de uma petição on line contendo uma carta endereçada à Presidência da República, ao Ministério do Meio Ambiente, ao Instituto Chico Mendes e ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A meta da petição é atingir 50 mil s através da plataforma “Salve a Floresta“. e e assine a Petição neste link.
Para: Luís Inácio Lula da Silva (Presidente do Brasil); Marina Silva (Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas); Mauro Oliveira Pires (Presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade); Ricardo Lewandowski (Ministro da Justiça e Segurança Pública)
Nós abaixo assinados, extrativistas que cuidamos e vivemos no território da Reserva Extrativista Tauá-Mirim, juntamente com outros povos e comunidades tradicionais, organizações da sociedade civil, movimentos sociais e instituições de pesquisa, solicitamos O DECRETO DE CRIAÇÃO DA RESERVA EXTRATIVISTA TAUÁ- MIRIM.
O território da Reserva Extrativista Tauá-Mirim é formado por doze comunidades rurais: Taim, Rio dos Cachorros, Limoeiro, Porto Grande, parte do Cajueiro (Praia de Parnauaçu), parte da Vila Maranhão (Porto das Arraias), Portinho, Jacamim, Amapá, Embaubau, Ilha Pequena e Tauá-Mirim. Essas comunidades se localizam no município de São Luís, capital do estado do Maranhão, no nordeste brasileiro, na Amazônia maranhense, numa área de 16.663,55 mil hectares e perímetro de 71,21 km. Números não oficiais apontam a existência de cerca de 2.200 famílias que tem como principais atividades econômicas a pesca artesanal, a agricultura familiar e o extrativismo vegetal.
Desde 2003, as comunidades vêm lutando pela decretação da criação da RESEX. Em 2007, foi aberto o processo de criação, com os estudos socioambientais e o registro das audiências públicas realizadas, entregue ao Ministério do Meio Ambiente. Frente à indefinição por longo período sobre a criação oficial da referida RESEX, no dia 17 de maio de 2015, em Assembleia Popular ocorrida na comunidade do Taim, as comunidades dos territórios decidiram pela autoproclamação da existência de fato da
Reserva Extrativista Tauá-Mirim, com a criação de Conselho Gestor, com representantes das comunidades, inclusive as da área de entorno, e de várias instituições de apoio. A consolidação do Conselho e suas ações em defesa do território ocorrem através de reuniões regulares e está em funcionamento desde 2015.
A área solicitada para decretação da RESEX destaca-se por ser um refúgio de ecossistemas que vêm resistindo ao processo de degradação que acompanhou a expansão urbana, de infraestruturas de transporte e energia e da industrialização de São Luís. Abriga um conjunto de ecossistemas que resulta em uma paisagem singular, incluindo manguezais, dunas, restingas, brejos, juçarais, buritizais e babaçuais.
Nesta área ocorrem espécies animais ameaçadas de extinção como, por exemplo, peixe-boi marinho, gato maracajá, mero, tintureiro, cação-bicuda. Destaca-se também por abrigar a riqueza cultural de uma população que, desde o século XIX, vem interagindo com estes ecossistemas e neles buscando os recursos necessários para manter sua forma de organização comunitária e reproduzir sua cultura e seu modo de vida baseado na pesca e no agroextrativismo. O manguezal abriga as principais fontes de proteínas, segurança alimentar e renda para as comunidades, pois cerca de 80% das famílias da Resex e de seu entorno praticam a pesca de pequena escala, de espécies variadas de peixe, camarão, caranguejo.
Apesar das pressões que este ecossistema vem sofrendo, ele se mantém de inigualável importância para a manutenção do modo de vida das pessoas que habitam a região e para todo o município de São Luís. Pode-se afirmar que a Resex Tauá- Mirim e seu entorno significam para a capital do Maranhão o que a Amazônia significa para o Brasil: uma de suas últimas áreas conservadas e que presta significativos serviços ambientais a toda cidade. O reconhecimento de tal riqueza ecológica e cultural justifica a criação de uma Reserva Extrativista. Nesta categoria de unidade de conservação, prevista pela Lei do SNUC no 9.985 de 18 de julho de 2000, homens e mulheres são reconhecidos como agentes e co-gestores da conservação, demandando uma participação efetiva das populações que têm seu modo de vida diretamente associado à interação com o território.
Com amparo na Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, instituída pelo Decreto Nº 6.040 de 07 de fevereiro de 2007, que tem como objetivo garantir a estes povos seus territórios e o o aos recursos naturais que tradicionalmente utilizam para sua reprodução física, cultural e econômica, é que demandamos a criação, de fato e de direito, e a efetiva homologação da Reserva Extrativista Tauá-Mirim, como um instrumento adequado para atingir este objetivo.
Ampliando a rede de apoio a famílias em situação de vulnerabilidade, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) assinam acordo de cooperação entre as instituições para destinação dos alimentos apreendidos em ações de fiscalização ambiental ao Programa Sesc Mesa Brasil.
No Maranhão, a Diretora de Programas Sociais do Sesc, Regina Soeiro; e a Coordenadora do Sesc Mesa Brasil, Roberta Ribeiro, participaram de uma reunião de fortalecimento dessa parceria com a Superintendente do Ibama, Ciclene Brito; e a Chefe de Fiscalização, Francigleybe Mariano, na sede do Ibama na capital.
A reunião técnica abordou aspectos importantes sobre logística e tipos de apreensões serão destinadas ao Sesc Mesa Brasil. Além de evitar o desperdício, essas doações promovem segurança alimentar e nutricional, pois ampliam a oferta de proteína nas refeições ofertadas às entidades sociais cadastradas, já que muitas vezes os produtos são de origem animal,
A parceria tem abrangência nacional e reflete o compromisso das duas instituições com a promoção da cidadania, sustentabilidade e solidariedade.
Sesc Mesa Brasil
O Sesc Mesa Brasil é a maior rede privada de bancos de alimentos da América Latina. Criado por iniciativa dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo atua em parceria com diversas organizações que doam seus excedentes de produção e alimentos fora dos padrões de comercialização, mas ainda seguros para consumo. Os produtos são destinados a instituições como asilos, creches e associações comunitárias. Outro diferencial do programa são as ações educativas, que têm o objetivo de promover a alimentação saudável e boas práticas no manuseio e preparo dos alimentos.
Imagem destacada / divulgação / Diretora de Programas Sociais do Sesc, Regina Soeiro; e a Coordenadora do Sesc Mesa Brasil, Roberta Ribeiro; com a Superintendente do Ibama, Ciclene Brito; e a Chefe de Fiscalização, Francigleybe Mariano, na sede do Ibama, em São Luís
Há vagas para Visual Vernacular e treinamento de atores com a linguagem da máscara teatral
No mês de maio, o Grupo Moitará chega a todo vapor em São Luís para uma programação imperdível, focada no fortalecimento do intercâmbio entre grupos de teatro nacionais, pesquisa dos saberes ancestrais femininos e fomento à ibilidade de qualidade junto ao público e artistas surdos e ouvintes. E, entre as atividades, estão duas oficinas gratuitas, com inscrições abertas ao público.
O projeto, intitulado “A busca – trocas, ibilidade e pesquisa”, é fomentado pela Bolsa Funarte de Teatro Myriam Muniz e oferta as oficinas de treinamento de atores com a linguagem da máscara teatral e de Visual Vernacular – esta última voltada para o recurso artístico e poético próprio das Línguas de Sinais que visa construir cenas a partir da expressividade física e imagética dos corpos, sem necessidade da palavra.
Ministrada pelo ator surdo Ricardo Boaretto, do Rio de Janeiro, a oficina de Visual Vernacular está com inscrições abertas até o dia 29 de abril (resultado dos selecionados será divulgado no dia 2 de maio) – e podem ser feitas pela internet (link para inscrições https://encurtador.com.br/y8gwI). A atividade ocorrerá nos dias 9 e 10 de maio, das 9h às 11h, na Sala de Dança do Sesc Deodoro, localizado na Av. Silva Maia, 164, no Centro de São Luís.
Já a oficina de treinamento de atores com a linguagem da máscara teatral será ministrada por Erika Rettl e Venício Fonseca (criadores do Grupo Moitará), e será realizada entre os dias 15 e 17 de maio, das 14h às 18h, na Sala de Dança do Teatro Arthur Azevedo (TAA), na Rua do Sol, s/nº, também no Centro de São Luís. Interessados podem se inscrever até o dia 8 de maio (resultado dos selecionados será divulgado no dia 12 de maio). As inscrições podem ser feitas pela internet (link para inscrições https://encurtador.com.br/XZceW).
Compartilhamento de saberes
Com o projeto “A Busca – trocas, ibilidade e pesquisa”, o Grupo Moitará, reconhecido pelos seus 36 anos de pesquisa na linguagem com as máscaras teatrais, contribui para a criação de uma rede de troca de saberes artísticos e tradicionais a nível nacional.
Na capital maranhense, a programação, além das oficinas, contará com apresentações do espetáculo “A Busca – versão bilíngue (Libras e Português)” nos dias 7, 8 e 9 de maio, a partir das 20h; roda de conversa sobre ibilidade de qualidade na cultura para a comunidade surda no dia 10; e palestra-espetáculo “A Máscara na Energia do Ator/Atriz”, onde serão discutidos os princípios de trabalho com a máscara teatral no dia 14.
Outra ação prevista será a reunião do Grupo Moitará com os grupos Xama Teatro, Núcleo Atmosfera e Companhia Cambalhotas durante dois dias, para compartilhar pesquisas e experiências criativas a partir do tema sobre saberes e ancestralidades femininas.
Grupo Moitará
O Grupo Moitará foi criado em 1988, por Erika Rettl e Venício Fonseca. Há 36 anos, desenvolve uma pesquisa continuada sobre o trabalho de preparação de atores e atrizes, buscando compreender os princípios que fundamentam sua arte, tendo nos estudos dos aspectos e funções da Máscara Teatral a base para a elaboração de uma metodologia própria. Ao longo desses anos, vem realizando projetos artísticos, didáticos e socioculturais por meio de oficinas, espetáculos e palestras-espetáculos, sendo reconhecido nacionalmente por sua contribuição na área artística e didática.
Em 2008, o Grupo Moitará criou o projeto “Palavras Visíveis”, voltado à capacitação técnica para atores surdos a partir da linguagem da máscara teatral. Se caracteriza por ser um projeto bilíngue (Libras/Português) que tem como objetivo unir experiências teatrais entre surdos e ouvintes, fortalecer e ampliar a produção artística da comunidade surda na cena contemporânea brasileira.
Mais informações sobre o grupo no site oficial: www.grupomoitara.art.br. Já para mais detalhes sobre a programação do projeto “A BUSCA – trocas, ibilidade e pesquisa” em São Luís, e o Instagram: https://www.instagram.com/grupomoitara/.
SERVIÇO
O quê: oficinas do projeto “A BUSCA – trocas, ibilidade e pesquisa”, do Grupo Moitará, em São Luís;
Quando: inscrições abertas – de Visual Vernacular até 29 de abril e de treinamento de atores com a linguagem da máscara teatral até 8 de maio;
Inscrições e mais informações: www.grupomoitara.art.br e/ou no Instagram https://www.instagram.com/grupomoitara/;
O título é o mesmo de um samba composto em 8 de julho de 2022 pelo poeta e compositor Joãozinho Ribeiro, artista maranhense que em 29 de abril deste ano completou 70 de existência com uma vasta folha de produção criativa musical colocada a serviço da cultura de São Luís, cidade que ele tanto ama e habita.
O gênero samba é uma das avenidas musicais por onde o poeta trafega com desenvoltura e conhecimento de causa, com cerca de três dezenas de registros fonográficos, interpretados por renomados artistas locais e nacionais: Chico César, Célia Maria, Zeca Baleiro, Josias Sobrinho…
No início dos anos 2000, foi bastante festejado e premiado por conta do projeto “Samba da minha terra”, que percorreu bairros, praças, feiras e escolas do município de São Luís, perfazendo um total de 18 apresentações, divulgando para as diversas comunidades sambas inéditos de sua autoria, com a participação de vários ícones da cultura local: Antônio Vieira, Lopes Bogéa, Escrete, Patativa, Gabriel Melônio, Rosa Reis, Cesar Teixeira, Lena Machado, Josias Sobrinho, Anna Cláudia, Fátima arinho, Chico Nô etc.
O “Samba não poupa ninguém” será realizado sob a forma de shows mensais no palco do restaurante Pedra de Sal, localizado no Centro Histórico de São Luís. A cada evento serão apresentados, de forma inédita, quatro sambas interpretados por diferentes cantores a cantoras locais, acompanhados por uma banda dirigida pelo violonista Arlindo Pipiu que, além do repertório original, interpretarão outras preciosidades sonoras do gênero musical.
O espetáculo musical terá sempre como anfitriões e artistas apresentadores o poeta e compositor Joãozinho Ribeiro e o cantor e compositor Allysson Ribeiro.
Na primeira edição, que acontece no dia 2 de maio (sábado), às 20h, contaremos com as participações especiais de Célia Maria, Andréa Frazão, Zeca do Cavaco, Quirino e o Regional Feitiço da Ilha.