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PT celebra 45 anos com vários eventos em São Luis

As comemorações do aniversário de quatro décadas e meia do Partido dos Trabalhadores terão diversas atividades de quinta-feira (6) até sábado (8), no auditório da Fetaema (Araçagi). Palestras, encontros setoriais, balanço das gestões petistas locais e a sua relação com o governo federal, seminário, mesa de diálogo e festejo cultural fazem parte da programação.

O ato de abertura política será nessa quinta-feira (6), às 18h, no auditório principal da Fetaema. Entre os(as) convidados(as) estão a militância e dirigentes do partido, parlamentares, lideranças dos movimentos sociais, o governador Carlos Brandão e o vice PTista Felipe Camarão, ministros, gestores e simpatizantes da legenda.

A programação terá ainda a 3ª edição do Prêmio Manoel da Conceição, criado para reconhecer pessoas de variados segmentos da vida política que se destacam pelo trabalho e militância em defesa da democracia e dos direitos humanos.

“Nessa conjuntura de ameaças e golpes contra a democracia, celebrar os 45 anos do PT tem um significado muito especial para todos que lutam contra a fome e a miséria, em defesa dos pobres, pela inclusão e os direitos fundamentais. É para isso que o PT foi criado e está vivo, cada vez mais forte”, pontua o secretário estadual do Formação Ricardo Gonçalves.

Para o presidente do Diretório Estadual, a programação do aniversário será marcada por debates, troca de experiências e fortalecimento do compromisso com a democracia, justiça social e os direitos do povo brasileiro. “Junte-se a nós nessa grande festa da militância”, convida.

Veja abaixo a programação completa:

# QUINTA-FEIRA (6 DE FEVEREIRO)

9h às 16h30 – Encontro das Mulheres do PT

14h às 17h – Encontro da Juventude do PT

18h – Abertura Política

# SEXTA-FEIRA (7 DE FEVEREIRO)

9h às 18h – Seminário Estadual “A realidade brasileira e os desafios do PT no Maranhão”

9h – Mesa “O Brasil de hoje e os desafios do PT”

Debatedores: 

Paulo Okamotto: presidente da Fundação Perseu Abramo, ex-presidente do Sebrae, ex-presidente do Instituto Lula e ex-presidente estadual do PT São Paulo;

Edinho Silva: ex-deputado estadual (PT-SP), ex-prefeito de Araraquara (SP) e ex-Ministro Chefe da Secretaria de Comunicação Social do Brasil;

Luiz Marinho: Ministro do Trabalho;

Francimar Melo: Presidente do PT/MA;

Fátima Félix: mestra em Educação, doutora em Filosofia e História da Educação, pós-doutora na área de Política e Financiamento da Educação, integra a coordenação do Grupo de Pesquisa História, Sociedade e Educação no Brasil, na UEMA;

Mediador: Ricardo Gonçalves (Secretário de Formação do PT/MA)

12h – almoço

14h – Mesa “Ações que conectam o lulismo ao petismo maranhense”

Debatedores:

Matheus Toledo: cientista político, coordenador do Núcleo de Opinião Pública, Pesquisas e Estudos da Fundação Perseu Abramo;

Rafaela Marques: jornalista, doutoranda em Sociologia, pesquisa as estratégias de desinformação da extrema-direita e seus impactos entre comunidades evangélicas brasileiras;

Mediador: Augusto Lobato (vice-presidente do PT)

15h30 – Mesa “O governo Lula e a parceria com o Governo do Maranhão: ações e investimentos para transformar nossas realidades (espaços federais)

Debatedores:

Suziane Machado (Superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Maranhão);

Paulo Sabá (Coordenador do Escritório Estadual do Ministério da Cultura no Maranhão);

Mediador: Raimundo Monteiro (Vice-presidente do PT)

16h30 – Mesa “O governo Lula e a parceria com o Governo do Maranhão: ações e investimentos para transformar nossas realidades (espaços estaduais)

Debatedores:

Washington Luiz: secretário da SERIDF (Secretaria de Representação Institucional do Governo do Maranhão no Distrito Federal);

Cricielle Muniz: Diretora Geral do IEMA (Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão);

Lília Raquel: Secretária da SEDIHPOP (Secretaria dos Direitos Humanos e Participação Popular);

Luis Henrique Lula: Secretário da SETRES (Secretaria do Trabalho e da Economia Solidária);

Mediadora: Rose Frazão (Secretária de Relações Institucionais do PT/MA)

18h30 – 3ª Edição do Prêmio Manoel da Conceição

# SÁBADO (8 DE FEVEREIRO)

 + continuação do seminário +

9h – Mesa “Os desafios da Comunicação”

Debatedores(as):

Ana Flávia Marques: Diretora do Instituto Lula, jornalista, pesquisadora do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho da USP, doutora em Comunicação, especialista em gestão de comunicação e marketing;

Roberta Gomes: jornalista, especialista em Marketing Digital e Mídias Sociais, com foco em política e comunicação pública;

Ed Wilson Araújo: jornalista, doutor em Comunicação, presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão, professor do Departamento de Comunicação UFMA e membro da Agência Tambor;

Marcio Carneiro dos Santos: doutor em Tecnologias da Inteligência e Design digital pela PUC SP, professor do Departamento de Comunicação da UFMA na área de jornalismo em redes digitais, coordenador do Laboratório de Convergência de Mídias e também do Programa de pós-Graduação Profissional em Comunicação;

Mediadora: Patrícia Carlos (Secretária de Comunicação do PT)

11h – Mesa “Desafios do Maranhão e o Modo Petista de Governar e Legislar”

Debatedores(as):

Felipe Camarão: vice-governador do MA;

Helena Barros Helluy: ex-deputada estadual pelo PT/MA;

Coletivo Nós: mandato do PT na Câmara de São Luís;

Creuzamar de Pinho: ex-vereadora de São Luís;

Mediador: Genilson Alves (Vice-presidente do PT)

12h – Festival PT 45 anos: almoço e atrações culturais diversas

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São Luís 409 anos e a obra de Josué Montello: um convite à cidade

No aniversário de 409 anos de São Luís, a repórter Anne Glauce Freire, da TV Guará, produziu uma reportagem especial sobre os diversos sentidos da cidade.

A matéria, poética e antenada, capturou as impressões de várias personagens do cotidiano de uma cidade que se modifica a cada dia, sem perder a elegância, apesar da idade.

Eu participei falando sobre a relação entre São Luís e a obra do escritor Josué Montello.

As imagens são de Edilson Chagas e Thadeu Pablo

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Turiaçu: 365, sim; 150, não!

Por Jadeilson Cruz, graduado em Filosofia e estudante de Jornalismo da UFMA

Hoje, 11 de julho de 2020, comemora-se o sesquicentenário da elevação da Vila de Turiaçu à categoria de cidade. Apesar de ser uma data emblemática, pois significa uma mudança significativa de patamar, não a considero a mais importante da história turiaçuense. Já que em conformidade com a Provisão Régia de 09 de abril de 1655, como consta na monografia do professor Robson Campos Martins, foi criada a Missão Jesuíta São Francisco Xavier, dando origem ao primeiro núcleo demográfico de Turiaçu. Desse modo, em 09 de abril do corrente ano era para se ter comemorado 365 anos de história e não 150 como muitos comemoram no dia de hoje. 

Turiaçu é gigante. E entre os grandes da história do Brasil e do Maranhão deve figurar. Comemorar o 11 de julho como a data mais importante é uma forma de ignorar os primórdios da história turiaçuense. Temos que dar o devido valor aos acontecimentos históricos e colocar Turiaçu em seu devido lugar. 

Não podemos nos esquecer de outras datas importantes da nossa história: como 25 de junho de 1833, criação da Vila de Turiaçu; 13 de fevereiro de 1834, instalação da Vila de Turiaçu; e 12 de junho de 1852, reincorporação de Turiaçu ao Maranhão. Além dessas já citadas, é fundamental que conheçamos não apenas outras datas importantes, mas também a História de Turiaçu mais profundamente. É necessário que nos empenhemos em compreender os fatores que determinaram as transformações ao longo do tempo e a atual configuração do nosso município. Temos que, como disse Heródoto, “Pensar o ado para compreender o presente e idealizar o futuro”. Só o conhecimento do ado nos dará a real dimensão da nossa História.

Antiga igreja São Francisco Xavier, padroeiro de Turiaçu

As fontes sobre a História de Turiaçu são escassas, tornando-se assim praticamente incompreensíveis alguns fatos importantes da nossa história, como a configuração política em 1870, a partir de 11 de julho; a composição, organização e localização do Quilombo de Turiaçu, que teria sido o segundo maior do Brasil, ficando atrás apenas do de Palmares; dentre outros fatores que contribuiriam para melhor compreensão do que somos a partir do que fomos. O grande culpado por grande parte dessa escassez é o capitão Manuel Aurélio Nogueira, que em 1930, quando istrava o nosso município, mandou incinerar quase todo o arquivo municipal. Nesse sentido, é necessário um estudo historiográfico minucioso. Tanto os governantes como a população devem se empenhar e angariar fundos para financiar esse mergulho na história turiaçuense. 

Em relação a Turiaçu, eu tenho muitos sonhos. O principal deles é ver a sede do município transformada em uma cidade cultural. Quero andar pelas ruas e ver um teatro, um cinema, um museu e uma biblioteca imponentes. Também, casas de danças, de música e manifestações culturais sendo encenadas e cultivadas nas praças e nas ruas. Quero ter o prazer de assistir, ao lado dos meus conterrâneos, a grandes e maravilhosos espetáculos. Como poetizou Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”. 

Turiaçu precisa respirar história, cultura, conhecimento, esporte e lazer. Não é aceitável que no nosso município não exista pelo menos um museu, como também monumentos em homenagem aos nossos heróis. Outro fato lamentável é a falta de locais apropriados para a prática de esportes e para a apreciação de eventos culturais, assim como a inexistência de áreas de lazer adequadas. E o mais inissível ainda é o menosprezo ao conhecimento, pois a maior prova disso é a degradação da Biblioteca Municipal. Conhecimento é prioridade, sempre deve estar em primeiro lugar. Um povo sem conhecimento, é um povo sem esperança, logo, sem futuro. O conhecimento é condição necessária para libertar a alma da tirania da ignorância. 

O 09 de abril deveria ser um dia de festa e de celebração da turiaçuensialidade. Nesse dia deveria haver eventos esportivos, culturais e educacionais. Em alguns momentos o 11 de julho já foi palco de eventos assim, porém precisamos de algo ainda mais grandioso. Esse dia seria ideal não apenas para festejarmos o nosso povo, mas também para conhecermos mais profundamente a nossa história. Como disse o professor Robson Campos Martins: “Um povo que perde as suas tradições, é um povo indigno de figurar na história”. 

Foto destacada / uma das ruas mais antigas da cidade / divulgação: acervo pessoal do professor Edmar Costa Filho